Of caravan and the dogs

Candidato ao prémio jean-loup passek

• Melhor LONGA-METRAGEM

Candidato ao prémio d. quixote


Of caravan and the dogs


Askold Kurov, Anonymous1 | Alemanha, 2024, 88'

2 ago

Casa da Cultura
18:15

Putin já estava a preparar o seu país para a grande guerra muito antes de esta começar. Desde 2012, uma série de leis repressivas foram aprovadas pelo Governo, rotulando todos os que discordavam publicamente da narrativa oficial como “agentes estrangeiros”, traidores da Rússia. Nestas circunstâncias, um grupo de meios de comunicação e activistas russos independentes, incluindo dois vencedores do Prémio Nobel da Paz, Dmitriy Muratov, da "Novaya Gazeta", e a ONG "Memorial", vão tentando resistir e continuar o seu trabalho. Logo após a invasão, outra série de leis repressivas é aprovada e, da noite para o dia, o seu trabalho torna-se virtualmente impossível. Os jornalistas e activistas são ameaçados com longas penas de prisão e forçados a fazer difíceis escolhas morais no meio da censura total da guerra: devem ficar ou sair do país, devem ir para a prisão ou salvar a sua equipa, devem adaptar-se à nova realidade ou permanecer fiéis aos seus princípios e fechar os seus meios de comunicação? Filmado durante um ano decisivo, antes e depois da invasão, o filme retrata os últimos defensores da democracia na Rússia e oferece um vislumbre de esperança num outro futuro.

Askold Kurov

Askold Kurov


Nasceu no Uzbequistão em 1974 e hoje reside na Turquia. Em 2010 formou-se em cinema documental na Escola de Cinema Marina Razbezhkina, em Moscovo. Em 2012 foi um dos realizadores do documentário premiado «Winter, Go Away!». Os seus filmes seguintes «Leninland», «Children 404» e «The Trial: The State of Russia vs Oleg Sentsov» foram igualmente aclamados pela crítica e exibidos em vários festivais. O seu trabalho centra-se em questões de direitos humanos e conflitos sociais na Rússia contemporânea.

Anonymous1

Anonymous1


Jornalista independente e documentarista russo. O seu nome não é divulgado por razões de segurança: o autor permanece na Rússia e continua a documentar o sofrimento das pessoas sob condições de ditadura e militarismo. Com o início da guerra na Ucrânia, as novas leis russas introduziram a censura militar, criminalizando o jornalismo como profissão. Pelas evidências apresentadas neste filme, o autor pode ser condenado até 15 anos de prisão na Rússia, o seu país natal.