Originária da China, Agnes Meng é realizadora e documentalista. Tirou o mestrado no programa DocNomads Erasmus Master, e está atualmente inscrita no doutoramento em Artes dos Media da Universidade Lusófona. Trabalhou como assistente de investigação em Antropologia no sudoeste da China e na região tibetana. De momento, está a desenvolver uma trilogia documental dedicada a histórias folclóricas e personagens do Douro, Minho e Trás-os-Montes.
Albertino Gonçalves é licenciado em Sociologia pela Universidade de Paris V – Sorbonne (1981) e doutorado em Sociologia pela Universidade do Minho (1994), onde fez a agregação no grupo disciplinar de Sociologia (2005). Tem lecionado, desde 1982, disciplinas da área da metodologia das ciências sociais e da sociologia da cultura, dos estilos de vida e da arte. É coordenador dos cursos de pós-graduação do Instituto de Ciências Sociais, membro da comissão instaladora da Casa Museu de Monção e investigador do Centro de Estudos Comunicação e Sociedade.
Realizador de cinema premiado. Nascido em Turim, define-se como Realizador de Cinema por engano. Cresceu em Turim, Itália, onde praticava flânerie, a arte de passear, investigar a cidade descobrindo lugares, povos e histórias. Antes de se tornar realizador de cinema, trabalhou como porteiro de uma escola, vendedor para um circo desconhecido, guia de museu ilegal e entregador de páginas amarelas. Passou grande parte do final da década de 1990 a escrever e a viajar pela Europa e mudou-se para a Irlanda em 2001. Os seus documentários e filmes conquistaram uma série notável de prémios internacionais em festivais de todo o mundo. A obra mais aclamada de Negrini aborda a exclusão social, o realismo mágico e a resistência, e os seus trabalhos combinam documentários, ficção e poesia.
Prémio Internacional Aurélio Paz dos Reis 2016. Fez diferentes projetos como argumentista, produtor e realizador, entre os quais se destacam: o Senegal. Apuntes de un viaje, 2007; Sunuy Aduna (Nossas Vidas), 2009; 20 anos dando vida aos dias, 2012. O documentário de longa-metragem Al escucha el viento (2013) como produtor, argumentista e realizador foi selecionado para concurso no Festival Internacional de Valladolid 2013. Coprodutor no projeto de documentário transmédia La primavera Rosa (nomeado Goya Awards 2018 com La primavera rosa en México). O mais recente projeto foi o pequeno documentário Juan Brito: Tamia (2019). O projeto Webdoc: Mirages on Highly Vulnerable Refugees está atualmente a ser concluído.
Álvaro António Gomes Domingues (Melgaço, 1959) é geógrafo, doutorado em geografia Humana e professor associado da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Actividade Docente: Professor do Mestrado Integrado em Arquitectura e do Curso de Doutoramento da FAUP; Membro do Conselho Científico da FAUP; Professor do Mestrado “Projecto do Ambiente Urbano” (FAUP/FEUP); Professor do Curso de Doutoramento da Fac. de Arquitectura da Universidade de Coimbra; Professor dos Cursos de Verão da Fundação de Serralves; Professor convidado da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Professor Convidado da Universidade de Granada. Colabora regularmente com outras universidades, fundações, jornal Público, associações profissionais e culturais, e desenvolve uma actividade regular como conferencista. Áreas de Investigação: Geografia Urbana, Urbanismo, Paisagem, Territórios, Políticas Culturais. Dos seus livros recentes destacam-se: Vida no Campo (ed. Dafne, Porto, 2012), A Rua da Estrada (ed. Dafne, Porto, 2010) e Políticas Urbanas II, (Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2012 com Nuno Portas e João Cabral)
Ana Balona de Oliveira é historiadora de arte e curadora. É Investigadora Auxiliar (FCT/CEEC) no Instituto de História de Arte da Universidade Nova de Lisboa (IHA-NOVA), onde co- coordena a linha ‘Transnational Perspectives on Contemporary Art: Identities and Representation’. É Professora Auxiliar Convidada na FCSH-NOVA, tendo lecionado em várias instituições em Portugal e no Reino Unido, onde se doutorou em História da Arte Moderna e Contemporânea (Courtauld Institute of Art, Universidade de Londres, 2012). Publicou extensamente em Portugal e no estrangeiro (Third Text, Nka – Journal of Contemporary African Art, African Arts, ARTMargins, etc.). Comissariou exposições em Lisboa, Londres, Guimarães e Luanda, com artistas como Ângela Ferreira (Moçambique/África do Sul), Edson Chagas (Angola), António Ole (Angola) e Ruy Duarte de Carvalho (Angola), entre outros.
Gestora cultural e programadora de cinema. De origem chilena, nasceu em Madrid e cresceu em Cuba. Estudou Engenharia Informática em Havana, Direção de Fotografia na EICTV de San António de los Baños e, posteriormente, concluiu o Mestrado em Distribuição Audiovisual e Crítica Cinematográfica na ECAM, Madrid. Profissional do audiovisual desde 1994. Em 2006 fundou a DOCMA, Associação de Cinema Documentário em Espanha, onde dirige e coordena múltiplos seminários e exibições com figuras de renome internacional. Em 2012, juntamente com a equipe DOCMA, criou o festival 3XDOC/Encontro de Criadores, que continua até hoje dirigindo. Foi codiretora artística do Festival Internacional de Cinema Documenta Madrid entre 2017 e 2019, onde criou o Corte Final Professional Film Forum. Atualmente faz parte da equipa de programação do MajorDocs, Creation Documentary Film Festival, Mallorca e do comité de seleção da EFA, European Film Academy. Atua como consultora de fundos de cinema e curadora de festivais, além de fazer parte de comités de avaliação e seleção de projetos. Participa regularmente como júri em festivais de cinema. Criou EL MAR FILMES, a sua própria casa de gestão cultural, organização de eventos e consultoria. Ministra aulas de promoção, distribuição e estratégia de festivais em escolas e programas de cinema, como CIMA, Impulsa e Documentary Masters.
Angelos estudou Cinema, Antropologia e Fotografia na Suécia e no Reino Unido e começou a sua carreira no teatro e televisão na Grécia. Os seus primeiros trabalhos foram publicados em jornais, agências de notícias e ONGs em todo o mundo. Venceu o Prémio Jean Loup Passek/ MDOC - Melhor Longa Metragem 2023, com o filme Mighty Afrin: in the time of flood.
Alina Simone é uma jornalista e autora ucraniana-americana cujo trabalho foi publicado no New York Times, Wall Street Journal, Guardian Long Read, California Sunday, Slate, NPR, entre muitos outros. Durante sete anos, foi colaboradora regular do programa de rádio internacional The World, uma coprodução da BBC. Os seus artigos foram mencionados em listas dos melhores no The Atlantic, NPR e Rolling Stone, e foram selecionados para filmar por grandes estúdios de cinema. Autora de uma coleção de ensaios e de um romance, ambos publicados pela Farrar, Straus e Giroux, e professora de escrita na Universidade de Yale. Alina recebeu as bolsas de pesquisa Logan Nonfiction Fellowship, Andrew Berends Film Fellowship, NYSCA/NYFA Film Fellowship e a Mountainfilm Emerging Filmmaker Fellowship. Black Snow é o seu primeiro filme.
Nasceu no Uzbequistão em 1974 e hoje reside na Turquia. Em 2010 formou-se em cinema documental na Escola de Cinema Marina Razbezhkina, em Moscovo. Em 2012 foi um dos realizadores do documentário premiado «Winter, Go Away!». Os seus filmes seguintes «Leninland», «Children 404» e «The Trial: The State of Russia vs Oleg Sentsov» foram igualmente aclamados pela crítica e exibidos em vários festivais. O seu trabalho centra-se em questões de direitos humanos e conflitos sociais na Rússia contemporânea.
Licenciado em Direito e Ciências Políticas. Desempenhou, entre outras, funções de Professor, Diretor do Departamento Arte e Cultura do Institut Français du Portugal; responsável pela organização da Festa do Cinema Francês no Porto, Co-fundador da Alliance Française de Porto (membro do Conselho de Direção), colaborador de Jean-Loup Passek na criação, e mais tarde, na gestão do Museu de Cinema de Melgaço, Produtor Executivo do filme de Jean Rouch e Manoel de Oliveira En une poignée de mains amies.
Membro fundador e vice-presidente da Associação Moçambicana de Cineastas, criada em 2003, Camilo de Sousa nasceu em Lourenço Marques a 29 de Maio de 1953, onde fez os estudos secundários. Em 1968, começou a interessar-se pela fotografia, trabalhando nas Artes Gráficas e, posteriormente, como repórter fotográfico e redator do diário “O Jornal” publicado na então cidade de Lourenço Marques. Em 1972 refugiou-se na Bélgica, onde obteve o estatuto de refugiado político junto às Nações Unidas (UNHCR). Em 1973 partiu para a Tanzânia e juntou-se à Frente de Libertação de Moçambique, participando na luta pela independência de Moçambique. Depois da proclamação da Independência Nacional em 1975, trabalhou em diversos projetos de caráter social e de comunicação na Província de Cabo Delgado, criando a primeira rede moçambicana de correspondentes populares de informação e levando o cinema móvel a todos os distritos e localidades desta província. Em 1980, ingressou no Instituto Nacional de Cinema, onde trabalhou até 1991 como realizador, editor, diretor de produção, produtor e, finalmente, Diretor Geral de Produção. Em 1992, com outros profissionais de cinema e comunicação, criou a primeira cooperativa independente de comunicação e produção de imagem, a Coopimagem. Em 2001, associou-se à Ébano Multimédia, onde tem vindo a desenvolver a atividade de produtor e realizador. Ele conta com uma participação em centenas de produções cinematográficas, como produtor, diretor, realizador, primeiro assistente. Nas produções cinematográficas que marcaram Moçambique, Camilo de Sousa tem a sua participação, a título de exemplo, no filme “O Tempo dos Leopardos”, uma longa-metragem de ficção coproduzida por Moçambique e a Iugoslávia. A sua marca está igualmente presente no filme “O Vento Sopra do Norte”, uma longa-metragem de ficção do cineasta José Cardoso.
Considerada uma das cineastas mais transgressoras de seu tempo. Cresceu na ex-colónia espanhola de Fernando Pó, atual Guiné Equatorial, onde começou a atuar e dirigir peças de teatro escolar. Depois de abandonar os estudos de Engenharia e posteriormente de Ciências Económicas, conseguiu inscrever-se na Escola Oficial de Cinema de Madrid, um dos centros mais destacados da época onde foi criado o Novo Cinema Espanhol. Bartolomé se formou em 1969 com Margarita e o Lobo, um ensaio escolar que se tornou um média-metragem quase revolucionário na época. Antes deste projeto, a realizadora já tinha realizado as suas primeiras curtas-metragens dentro da instituição, destacando-se entre outras Carmen de Carabanchel (1965) ou Plan Jack Cero Tres (1967), com guião co-escrito com Gonzalo Suárez. Anos depois, em 1978, realizou a sua primeira longa-metragem ¡Vamos, Bárbara!, versão do filme Alicia No Longer Lives Here (Martin Scorsese, 1974). Esta obra foi considerada pela crítica o primeiro filme feminista da história do cinema espanhol, onde Bartolomé colocou o foco na libertação das mulheres espanholas. O conteúdo crítico da sua obra, onde expôs publicamente as dificuldades das mulheres na sociedade da época, provocou a censura da sua obra por parte do regime de Franco. Em 1981 codirigiu com seu irmão After…, um documentário político dividido em duas partes (Você não pode ficar sozinho e Atado e Bien atado, respetivamente), censurado, segundo Bartolomé, por motivos políticos. No final dos anos 90 dirigiu Longe de África (1996), obra novamente escrita em colaboração com o irmão, onde a realizadora de Alicante narra de forma autobiográfica a sua infância na ex-colónia espanhola. Em 2005, criou um capítulo documental para a série de televisão Cuéntame como aconteceu, chamado Especial Carrero Blanco: o começo do fim, que afirma ser um dos projetos mais interessantes de sua carreira. Bartolomé recebeu o prémio Mulheres do Cinema em 2012, atribuído pelo Festival Internacional de Cinema de Gijón. Dois anos depois, recebeu a Medalla de Oro al mérito nas Belas Artes de Espanha. Finalmente, em 2018, recebeu o prémio especial da Academia Audiovisual Valenciana.
Chema Gagino (Galiza, 1964) é ator e diretor de dobragens desde 1985, dá voz a atores como Woody Allen, Eddie Murphy e Jerry Lewis. Trabalhou durante cinco anos na Rádio Nacional, Cadena SER e Rádio Galega, onde dirigiu vários programas criativos. Escreveu os argumentos das suas primeiras curtas-metragens: “Afonía”, “Isolina del Caurel” ou “El Elegido” são filmes premiados em vários festivais de cinema. Escreve argumentos para séries televisivas como “Gran Reserva”, “Las leys de celavella”, “Libro de Familia”, “Mareas Vivas” e “Terra de Miranda”. Realiza e produz também Mareas Vivas, Terra de Miranda e Caseros para a TVG. Em 2010 dirigiu a exposição audiovisual Xacobeo, com animação e peças de integração 3D. Atualmente dá aulas de interpretação de argumento e realização na Escola de Ficção Audiovisual Voz e realiza o seu primeiro filme para TV: “Todos os Santos”. Em 2016 fundou a RECREA FILMS, produtora cinematográfica com a qual produziu, entre outros, a longa- metragem A VIRXE ROXA, com inúmeros prémios nacionais e internacionais. Atualmente produz duas longas-metragens.
Christian Als, premiado e com vasta experiência em fotojornalismo, trabalhou como fotojornalista e cineasta em todo o mundo para os principais jornais dinamarqueses e internacionais, com foco em guerras e desastres, mas está cada vez mais concentrado em projetos de longo prazo na agenda dos media globais. Este filme marca a sua estreia como realizador de documentários de longa-metragem.
Depois de estudar no European Film College na Dinamarca, Clara Trischler (15.02.1986) viveu um ano em Israel, onde, além do seu trabalho no Arquivo de Documentação do Holocausto Yad Vashem, colaborou em filmes e festivais de cinema e escreveu artigos sobre a vida quotidiana em Jerusalém. Depois de vários trabalhos em filmes e festivais em Berlim e Nova Iorque, completou estudos em argumento na Vienna Film Academy e no Instituto Universitario Nacional del Arte Buenos Aires, redescobrindo o seu amor pelo documentário (nascido em experiências com máquinas Hi8 quando era adolescente). Isto levou-a até Berlim, onde estudou realização de documentários na Konrad Wolf Film University em Babelsberg. Actualmente, vive e trabalha em Berlim e Viena.
Catarina Mourão estudou música, direito e cinema (Mestrado na Universidade de Bristol e Doutoramento pela Universidade de Edimburgo, bolseira da FCT em ambos). Fundadora da AporDoc (Associação Portuguesa para o Documentário). Dá aulas de Cinema e Documentário desde 1998 em diferentes Licenciaturas e Mestrados. Em 2000 cria com Catarina Alves Costa a Laranja Azul, produtora independente de cinema. É neste contexto que realiza os seus filmes que têm sido sempre premiados e exibidos em festivais internacionais. As suas áreas principais de investigação são o documentário, a memória, o sonho, o arquivo e a autobiografia. O seu filme “A Toca do Lobo” estreou no Festival de Roterdão e foi exibido em sala em circuito comercial.
Catarina Laranjeiro (n. 1983) estudou Psicologia Social na FPCE-UL (Lisboa), Cinema/Imagem em Movimento no Ar.Co (Lisboa), Antropologia Visual na FU (Berlim) e acaba de terminar o doutoramento em Pós-Colonialismo e Cidadania Global no CES-UC (Coimbra). A sua tese debruça-se sobre a importância da cosmologia política e das imagens no decorrer da Luta de Libertação na Guiné-Bissau, país com o qual mantém uma estreita relação desde 2009. Com um percurso particularmente transdisciplinar, tem autoria e colaboração em diversos projetos que aliam a investigação à criação artística, cruzando a antropologia, o teatro e o cinema. Alguns destes trabalhos, resultaram em filmes, nomeadamente Pabia di Aos (2013), trabalho final de mestrado, e Eu Sou Da Mouraria ou Sete Maneiras de Contar e Guardar Histórias (2011), trabalho final de uma pós-graduação em Culturas Visuais Digitais, co-realizado com Catarina Vasconcelos.
Daniel Barroca, estudou Artes Plásticas na Escola de Arte e Design das Caldas da Rainha e no Ar.Co. Foi artista residente na Künstlerhaus Bethanien em Berlim, na Rijksakademie em Amesterdão, no Ashkal Alwan em Beirute, e no Drawing Center em Nova Iorque. Nos últimos anos foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação Botin e da Comissão Fulbright. Neste momento frequenta o programa de Doutoramento em Antropologia na Universidade da Florida onde desenvolve uma pesquisa sobre imagem e guerra colonial. Ao longo do seu percurso artístico, tem desenvolvido projetos de cinema expandido e experimental, que têm sido apresentados em festivais de cinema e espaços de arte contemporânea em diversas partes do mundo.
Coordenadora Nacional do Plano Nacional de Cinema, na Direção-Geral da Educação (Lisboa), desde 2014. Doutoramento em Letras - Ramo de Estudos de Cultura, Especialidade Estudos Norte- Americanos - Estudos Fílmicos (Universidade de Lisboa). Mestrado em História de Arte (FCSH- Universidade Nova de Lisboa). Licenciatura em História pela Faculdade de Letras de Lisboa (FLUL – Universidade de Lisboa). Trabalha na Direção-Geral da Educação (DGE) desde 2014. Atividade docente entre 1983 e 2014. Investigadora integrada no Grupo de Investigação, Media e mediações culturais (CEMRI- Universidade Aberta). Jurada nos Concursos do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), membro de Júri em projetos de investigação académica de Mestrado e Doutoramento e membro de Júri em diversos Festivais de Cinema. Membro da Academia Portuguesa de Cinema. Integra diversas Comissões Científicas e Comissões de Honra na área do cinema e audiovisual. Coordena a equipa de produção da Coleção de Dossiês Pedagógicos do PNC. Cocoordena o grupo Cinema e Educação na Associação de Investigadores de Imagem em Movimento (AIM). Integra a Comissão Pedagógica da Associação de Professores de História (APH) e a equipa de trabalho do Plano Nacional das Artes. Tem publicado o seu doutoramento, A Cruz, o Gládio e a Espada: representações da História no cinema de Cecil B. DeMille (2015). Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra.
Nascida na Turquia, Kaftan completou um bacharelato em Filosofia na Universidade do Bósforo em Istambul e Mestrado em Cinema e Vídeo na Universidade de York, Toronto (Canadá) em 2002. O seu primeiro documentário, Faultlines, investiga as consequências do terramoto que assolou a Turquia em 1999. Mais tarde, Kaftan escreveu e realizou Vendetta Song (2005), uma viagem pessoal sobre o assassinato da sua tia numa pequena aldeia na Turquia, e vencedor de diversos prémios. Eylem terminou a sua primeira longa-metragem, Hive, em 2020. Eylem terminou recentemente o seu novo documentário, A Day, 365 Hours, acompanhando duas meninas que buscam justiça contra os seus pais abusivos. Teve estreia mundial no 29º Festival de Cinema de Sarajevo. Além de fazer filmes, Kaftan é secretária-geral do Directors Guild of Turkey e coordenadora e instrutora de realização de filmes na Academia de Cinema Beyoğlu. Kaftan também participa como júri em muitos festivais importantes, e é membro do comité dos Oscars da Turquia, que seleciona o filme turco candidato ao Oscar.
Docente e artista-investigador, na interface entre as artes performativas e as artes visuais, que procura representar um espaço-tempo figurativo, combinando narrativas sonoras e visuais com espaços inusitados e fomentando processos audiovisuais que se deslocam entre o passado e o presente, e entre a memória da comunidade e do indivíduo. É Doutorado em Estudos Artísticos, especialidade de Estudos Teatrais e Performativos pela Universidade de Coimbra, Pós-Doutorado em Estudos de Religião pela Universidade Católica Portuguesa e Pós-Doutorado em Sociologia Sonora e Visual pela Universidade do Porto. É Assistente Convidado da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Investigador do ID+ - Instituto de Investigação em Design Media e Cultura do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e da AO NORTE. É também Affiliated Scholar do SELMA - Centre for the Study of Storytelling, Experientiality and Memory da Universidade de Turku (Finlândia). Desenvolveu mais de 45 projetos de investigação-criação site-specific e apresentou os resultados desses projetos em várias conferências e eventos. É autor de diversos artigos científicos sobre temáticas ligadas aos estudos teatrais e performativos, às metodologias de investigação através da prática artística, aos estudos de memória, aos estudos artísticos e culturais, aos estudos de religião e à arte e tecnologia. O seu trabalho artístico tem sido abraçado por museus, salas de concerto, espaços públicos e eventos, em Portugal, Áustria, Espanha, Finlândia, Brasil, México e Coreia do Sul.
Isabel Noronha é filha de pai goês e mãe moçambicana. Licenciada em Psicologia Clínica e Aconselhamento pelo Instituo Superior Politécnico Universitário (ISPU) e Mestre em Saúde Mental e Clínica Social pela Universidade de León, na Espanha, cursou disciplinas do doutoramento em Antropologia na Unicamp. É reconhecida como um nome fundamental do cinema moçambicano, tendo ingressado em 1984 no Instituto Nacional de Cinema. Foi Membro Fundador da primeira Cooperativa Independente de Vídeo (Coopimagem) e da Associação Moçambicana de Cineastas. Assinou vários filmes dos quais se destaca o belíssimo Ngwenya, o crocodilo, sobre a figura do pintor Malagantana, distinguido pelo Festival de Milão como melhor documentário de África, Ásia e América Latina. Desde 2008, com Vivian Altman (realizadora de animação), produz filmes que mesclam documentário e animação, o que possibilita a abordagem de temas problemáticos, sem exibir as faces das personagens.
Irina Trocan é professora de estudos de cinema na Universidade Nacional de Teatro e Cinema de Bucareste (UNATC) e freelancer como crítica de cinema, tendo contribuído para Cineaste, Sight & Sound, Photogénie e Desistfilm. Irina equilibra a escrita académica e cinéfila, tendo editado uma antologia de teoria documental, A realidade da ficção, a ficção do real (Hecate Press, 2018, em conjunto com Andra Petrescu) e Cinema Romeno Inside Out – Insights on Film Culture, Industry and Politics 1912-2019 (Romanian Cultural Institute Press, 2019) e concluindo pesquisas como bolseira Fulbright e New Europe College. O seu último volume intitula-se Oposição audiovisual: pensamento crítico em ensaios de vídeo e cinema de ensaio (Idea Design & Print, 2020). Entre 2011-2016, programou curtas-metragens para o NexT International Film Festival.
João José do Coito Lafuente, licenciado em Matemática Aplicada pela Universidade do Porto, exerceu a função de técnico de informática na Caixa Geral de Depósitos. Dedica-se à fotografia desde a adolescência tendo trabalhos seus publicados em livros e revistas. Participou em exposições coletivas e realizou exposições individuais e em co- autoria com Manuela Matos Monteiro. De entre as várias exposições produzidas pode-se destacar “Carnaval em Veneza”, “As Vindimas”, “A luz do Cristalino”, “ Istambul – Roteiro da melancolia”, “Tropicana/Matanzas”, “A Sul de Dakar”,“ Istambul e Lisboa – Roteiros da melancolia”, De entre outras intervenções destaca-se o trabalho também em co-autoria, sobre o Douro: fotografia oficial dos 250 anos da região demarcada, exposição sobre a região na Assembleia da República (“O Douro no Tejo com Siza Vieira, José Rodrigues e Gracinda Candeias), no Parlamento Europeu/Bruxelas, em Paris, Bordéus, em Maputo e na Beira (Moçambique), em várias zonas do Douro e no Porto. Dirige, desde outubro de 2013, com Manuela Matos Monteiro, as galerias ESPAÇO MIRA e MIRA FORUM, em Campanhã, no Porto.
Doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de Santiago de Compostela, especialista em Cinema Documental, professor do Ensino Superior, jornalista, cineasta e programador cultural. Ao longo de anos lecionou unidades curriculares de Cinema e de Ciências da Comunicação em diversos estabelecimentos do ensino superior, designadamente a Universidade do Porto, Universidade Católica e Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE) do Instituto Politécnico do Porto. Como jornalista trabalhou na Imprensa, Rádio e Televisão, designadamente na RTP, onde esteve 25 anos. Fez documentários, entre outros, sobre o General Humberto Delgado, Mário Cláudio, Martins Sarmento, Miguel Torga, Eugénio de Andrade, Nadir Afonso, Teixeira Gomes e Fernando Lanhas. Assinou centenas de peças jornalísticas cobrindo uma grande variedade de matérias. Premiado e distinguido por diversas vezes em diferentes áreas, designadamente com o Gazeta de Televisão do Clube de Jornalistas e com o Prémio Especial da Universidade de Santiago de Compostela, tem publicados numerosos artigos. Anima o blogue narrativas do real. Integra regularmente júris de festivais de Cinema nacionais e internacionais. Programador responsável pela área de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura, bem como do ciclo de Fotografia e Cinema Documental Imagens do Real Imaginado do Instituto Politécnico do Porto, foi deputado independente eleito pelo Bloco de Esquerda e vice- Presidente da Comissão de Cultura, Comunicação Social e Juventude da Assembleia da República entre 2015 e 2018. Atualmente é docente da Universidade da Maia.
José Filipe Costa escreveu e realizou várias curtas-metragens e documentários, entre os quais Prazer, Camaradas! (2019), Linha Vermelha (2011), Entre Muros (2002) e Senhorinha (1999). Os seus filmes foram apresentados em festivais de cinema como Locarno Film Festival, BFI London Film Festival, HotDocs, Cinéma du Réel, Viennale, PlanetaDoc, DocLisboa, IndieLisboa, entre outros, e foram exibidos em vários canais de televisão como RTP, Futura-Brasil e ZDF-Arte e várias plataformas de streaming. Tem escrito argumentos para filmes de realizadores como Pedro Pinho, Filipa Reis e João Miller (Légua, 2023). É autor do livro O cinema ao poder! (2002/2014). Tem leccionado em várias universidades entre as quais, IADE, ESAD, Universidade Lusófona (Master DocNomads, Documentary Film Directing Erasmus Mundus). Foi professor visitante na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É doutorado pelo Royal College of Art, Londres.
José Luis Alcaine Bartolomé começa as suas aventuras no mundo do som. O seu principal objetivo foi sempre demonstrar a importância da narrativa sonora dentro do audiovisual, proporcionando e exigindo para cada um dos seus projetos uma personalidade condizente com a linguagem cinematográfica utilizada. Trata-se não só de explorar o lado técnico do som, mas também a sua capacidade como linguagem que transmite sensações, ideias e emoções para além do subconsciente. Sempre quis investigar e saber tudo o que uma história quer transmitir, seja um roteiro de filme, uma música, uma peça de teatro, para poder identificar e se envolver plenamente com ela ao projetar e criar sua própria linguagem auditiva e permitir criatividade sólida para contribuir com seu enorme potencial para o desenvolvimento do trabalho. Designer de som e editor de longas-metragens de ficção e documentários, produtor de som teatral e musical. Fundou, juntamente com profissionais com anos de experiência no setor, a marca de som Blacktone Studio, um dos estúdios de som mais importantes de Madrid. Atualmente trabalha na digitalização do arquivo sonoro e na criação da biblioteca sonora dos filmes de Cecilia Bartolomé.
Licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto (1976), graduação em Cine Vídeo pela Escola Superior Artística do Porto (1989), mestre em Comunicação Educacional Multimedia pela Universidade Aberta de Portugal (1993) e doutorado em Ciências Sociais - Antropologia pela Universidade Aberta de Portugal (1998). Foi professor da Universidade Aberta de Portugal. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Visual, atuando principalmente nos seguintes temas: antropologia visual, antropologia digital, cinema, métodos de investigação em antropologia, interculturalidade e cultura afro-atlântica. Tem realizado trabalho de campo em Portugal, Cabo Verde, Brasil, Argentina e Cuba. Coordenou a Rede Internacional de Cooperação Científica Imagens da Cultura / Cultura das Imagens. Professor visitante da Universidade Mackenzie (Educação, Arte e História da Cultura), da UECE, da UCDJB, da Universidade de Múrcia - Espanha (ERASMUS) e da Universidade de Savoie - França, Universidade de S. Paulo. Entre 2016 e 2019 foi professor visitante da Universidade Federal de Goiás - Faculdade de Artes Visuais e Faculdade de Ciências Sociais. Coordena o Grupo Estudos de Cinema e Narrativas Digitais na AO NORTE - Associação de Produção e Animação Audiovisual e colabora com outros projetos desta Associação. Colabora com diversas Revistas Científicas, Festivais de Cinema, Grupos e Redes de Pesquisa/investigação.
Jusciele Oliveira licenciada em Letras Vernáculas (UFBA, 2006), com especialização em Metodologia do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Docência do Ensino Superior (2010). Mestre em Literatura e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA, 2013), com pesquisa sobre o filme Nha fala (2002) de Flora Gomes. Doutora em Comunicação, Cultura e Artes pelo Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve (UAlg), em Portugal (2018), com financiamento da CAPES/Brasil, investigando a obra ficcional do cineasta Flora Gomes. Coeditou o e-book Cinemas africanos contemporâneos: abordagens críticas (Sesc, 2020). Atualmente, é investigadora colaboradora do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC/UAlg) e pesquisadora do Laboratório de Análise Fílmica (Facom/UFBA), onde desenvolve pesquisa sobre gênero cinematográfico nos cinemas africanos, notadamente musicais e comédias. Tem experiência em culturas e cinemas da África, temas sobre os quais publicou em diversos periódicos do Brasil e no exterior.
Kateryna Tiuri é uma realizadora experiente com um portfólio diversificado de mais de 200 projetos, incluindo anúncios publicitários e videoclipes. As suas obras exalam uma atmosfera particularmente calorosa e colorida. Kate nasceu e viveu muito tempo à beira-mar, e esse clima hedonista pode ser sentido em todas as suas obras. Até mesmo os filmes que realizou após o início da invasão em grande escala da Rússia, na Ucrânia, têm uma certa ligeireza e são apreciados pelos espectadores mais jovens. Em fevereiro de 2023, Kateryna concluiu a sua primeira longa metragem documental, que acompanha as histórias de 17 crianças de diferentes partes da Ucrânia, orientando os adultos sobre como continuar a viver durante a guerra, quando as forças se esgotam. O filme foi lançado em fevereiro de 2024. Em 2023, Kateryna recebeu uma bolsa de estudos na Escola de Cinema de Praga, com especialização em realização de documentários e ganhou o diploma de “Realizadora de Documentário” em Maio de 2024.
Licenciada em Administração de empresas (1988), Mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992) e Doutorado em Antropologia pela Universidad Nacional Autónoma de México (2000). Pós doutorado em Antropologia pela UFSC (2008) e Pós doutorado em Antropologia pela Universidad Autonoma de Barcelona. Atualmente é Professora Titular do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Coordenadora do NAVIS Núcleo de Antropologia Visual, Diretório de Pesquisa/CNPq-UFRN. Realizou os seguintes filmes: No mato das mangabeiras, Seu Pernambuco, cinema moçambicano em movimento, Sila, Mulher Cangaceira, Mestre Zorro, entre outros. Membro da Comissão de Elaboração e de Avaliação do Roteiro de Classificação da Produção Audiovisual/CAPES. Membro da Comissão da Imagem e Som da ANPOCS nas gestões 2001-2002 e do GT Antropologia Visual da ABA (2009-2010) e (2011-2012). Participou do Programa mais Cultura ( 2015-2019) e da elaboraçao Plano de cultura da UFRN ( 2015-2019). Presidente do CAV Comitê de Antropologia Visual da ABA 2019/2020). Participa da REDE AMLAT (Rede Temática de Cooperação Científica Comunicação, Cidadania, Educação e Integração na América Latina - PROSUL. MCT/CNPq N 11/2008). Publicou : Praça XV espaço e sociabilidade; Antropologia e Imagem; As cidades e suas Imagens. Organizou Dossiê sobre Cinema (Revista BAGOAS).Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana e Audiovisual, atuando principalmente nos seguintes temas: cidades, espaços, memórias, narrativas, cinema, cinema africano e o uso da imagem.
Luiz Joaquim (1970) é autor dos livros Celso Marconi: o senhor do tempo (2020, CEPE) e Cinema brasileiro nos jornais (2018, Ed. Massangana), além de artigos sobre cinema em diversas publicações no Brasil e no exterior. É editor do site cinemaescrito.com, criado em 2007. Dirigiu os curtas-metragens Eiffel (2008) e O homem dela (2010). É jornalista, mestre em comunicação e atuou como repórter e crítico de cinema no Jornal do Commercio (Recife, 1997-2001) e na Folha de Pernambuco (2004-2016), tendo ainda chefiado o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco entre 2001 e 2017 além do bacharelado em Cinema e Audiovisual da Uniaeso (2017-2021), onde atuou até 2024. Foi vice-presidente da Abraccine (2019-2021), e esteve em 2021 como chefe de Audiovisual, Arte e Tecnologia da Prefeitura do Recife; atuando ainda, em 2022, como gestor do Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (Mispe) e curador do Cinema São Luiz (Recife). Desde maio de 2023 responde pela coordenação do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco e pela Cinemateca Pernambucana Jota Soares, da Fundaj (Recife, Brasil).
Manoela dos Anjos Afonso Rodrigues é Doutora em Artes pelo Chelsea College of Arts, University of the Arts London. Professora do Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Visual e do curso de graduação Artes Visuais Bacharelado, da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG). Orienta e desenvolve investigações na linha de pesquisa Poéticas Artísticas e Processos de Criação, com ênfase na Pesquisa Autobiográfica em Arte. É líder fundadora do grupo de pesquisa Núcleo de Práticas Artísticas Autobiográficas – NuPAA/UFG/CNPq. Foi Presidente da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP) no biênio 2019/2020, da qual é membro filiada ao Comitê Poéticas Artísticas desde 2010. É membro da Associação Brasileira de História Oral (ABHO) desde 2018. A sua prática artística, pedagógica e investigativa é orientada pelas poéticas de (auto)localização que articulam noções de espaço, lugar, território, deslocamento e autobiogeografia.
Manuela Matos Monteiro tem formação em Filosofia e Psicologia sendo co-autora de livros de Psicossociologia, Psicologia e autora de livros de Pedagogia, Metodologia de Projeto entre outros (Porto Editora). Dirigiu durante anos a revista 2:PONTOS e foi coordenadora do site NetProf. Dedica-se à fotografia há vários anos, participando com os seus trabalhos em exposições colectivas e individuais. O seu trabalho tem sido reconhecido através de prémios obtidos em diversos concursos de fotografia, de que se destaca o 1º prémio no concurso internacional “La femme et la vigne”. Tem trabalhos publicados em livros e revistas. De entre as diferentes intervenções pode-se destacar o trabalho em coautoria.
Professora nos cursos de 1º e 2º Ciclos em Cinema, na UBI-Universidade da Beira Interior. Membro do conselho editorial de revistas em Portugal e no Brasil, assim como membro da comissão científica em vários eventos. Membro do Conselho Consultivo da AIM-Associação dos Investigadores da Imagem em Movimento, onde é membro coordenador do Grupo de Trabalho “Teoria dos cineastas”. Co-editora da Revista DOC On-line (www.doc.ubi.pt) e investigadora do Labcom-Comunicação e Artes.
Maria Mire (Maputo, 1979). Vive e trabalha em Lisboa. O trabalho artístico e de investigação que desenvolve é sobretudo centrado nas questões da percepção da imagem em movimento. Doutorada em Arte e Design pela FBAUP em 2016. É professora e co-responsável do Departamento de Cinema/Imagem em Movimento do Ar.Co., em Lisboa. Colabora igualmente no PhD em Arte dos Media e Comunicação da ULHT, assim como no Mestrado de Artes do Som e da Imagem da ESAD.CR. Integrou diversos projetos artísticos colaborativos, dos quais se destacam o Coletivo Embankment, Plataforma Ma ou Patê Filmes. Tem desenvolvido diversos projetos colaborativos de crítica e especulação artística com Aida Castro. Realizou o filme “Parto sem dor”, uma conversa imaginada com Cesina Bermudes.
Realizadora de cinema, o trabalho de Melanie Pereira gravita em torno de duas temáticas centrais, a emigração portuguesa e a luta pelos direitos das mulheres. As suas primeiras obras inserem-se ao que chama de Ciclo da Emigração e abordam fragmentos migratórios através de observações, memórias, tempos e arquivos. Ativista feminista, desenvolve ainda várias investigações e trabalhos artísticos em torno de cinema e mulheres, em especial no contexto português. Em 2023, foi uma das realizadoras portuguesas emergentes escolhidas para integrar o programa The Factory da Quinzena dos Realizadores de Cannes. Em outubro do mesmo ano, a sua primeira longa-metragem As Melusinas à margem do rio é triplamente premiada no Doclisboa, entre os quais com o Prémio HBO Max para Melhor Filme da Competição Portuguesa.
Michelle Keserwany é irmâ de Noel Keserwany, e são músicas, escritoras e cineastas libanesas. As irmãs são conhecidas pelos seus videoclipes satíricos que criticam o sistema político corrupto libanês. Desde que Michelle co-escreveu Cafarnaum com a realizadora Nadine Labaki (nomeada para os Oscares, vencedora do Prix du Jury em Cannes 2018 e do prémio de melhor argumento no IFF de Estocolmo), elas iniciaram os seus próprios projetos cinematográficos, incluindo o documentário político Slow Burn, uma coprodução entre a França e o Líbano, produzida pela Special Touch Studios e apoiada pelo CNC. Entre 2019 e 2021, ambas receberam bolsas do Instituto Francês para residirem na La Cité des Arts, em Paris, e trabalharem nos seus projetos cinematográficos. Elas vivem entre Beirute e Paris. Noel está atualmente a escrever o seu primeiro filme de ficção "Un An" e a desenvolver uma curta de animação “Seven Mountains and Seven Seas”, financiada pelo DFI Production Fund, e produzida pela Dewberries Films. Michelle está a desenvolver a sua primeira longa-metragen de animção "Ouzkourini", produzida por Special Touch Studios. Em 2021, recebeu a bolsa Aide au Parcours d’Auteur do CNC, para desenvolver a sua primeira longa-metragem de ficção "Amara", um drama político satírico passado em Beirute. A curta-metragem de estreia das irmãs, "Les Chenilles", foi escrita por Michelle e realizada por ela e Noel, que também desempenha um dos papéis principais. O filme é coproduzido pela La Biennale de Lyon e Dewberries Films.
Participou pela quarta vez no Berlinale Forum com os seus filmes (Into Thin Air 2011, Blames and Flames 2012, As I Lay Dying 2020, Subtotals 2022), sendo considerado um dos mais aclamados documentaristas do cinema iraniano. Nascido em Setembro de 1978, tem mestrado em teatro pela Universidade de Belas Artes de Teerão. Iniciou a sua carreira artística como poeta e tradutor e publicou meia dúzia de livros. Enquanto documentarista, realizou alguns filmes premiados e exibidos em mais de 70 festivais de cinema nacionais e internacionais. O seu mais recente filme Hollow faz parte de “Iran: A Sense of Place”, um projeto coletivo iniciado e supervisionado por Wim Wenders, estreado no CPH:DOX, exibido em Beldocs, Sheffield, DMZDOcs, etc. Farzad é estudante de doutoramento na Film Factory, tutelado pelo lendário cineasta húngaro Bela Tarr. Foi membro do júri em alguns festivais internacionais de cinema como CPH: DOX, Jihlava, Plzen, DokuBaku, Cinema-verite, Festival de Cinema Iraniano de Praga.... Farzad está atualmente a trabalhar na sua primeira longa-metragem intitulada: “A Gaze Long into Abyss”, produzida pelo Checo Radovan Sibert da Pink Production.
Nasce em Lisboa, 1990 e cresce na Pontinha. Licencia-se em Som e Imagem na ESAD.CR e mais tarde estuda cinema na ESTC e na HEAD – Genève. Em 2018 realiza a sua primeira longa metragem BOSTOFRIO, OÙ LE CIEL REJOINT LA TERRE, o filme é premiado e mostrado em mais de 40 festivais internacionais à volta do mundo. Em 2019 estreia nas salas Portuguesas em várias cidades e é aclamado pela crítica como “Top 10 do Ano” pelo Jornal Público. BOSTOFRIO alcançou mais de meio milhão de espectadores globalmente (em festivais, televisões, cinemas, streaming, etc). VIA NORTE estreia no Visions du Réel ’22. A SAVANA E A MONTANHA estreia na Quinzena dos Cineastas ’24.
Piero Usberti é ítalo-francês, nascido em 1992 em Poggibonsi (Itália). Depois de estudar filosofia na Universidade de Turim, virou-se para a realização. Também é ator de forma casual, principalmente nos filmes do seu irmão, Tommaso Usberti.
Porto, 1979. Realizadora, docente e formadora, trabalha no âmbito da criação documental, da pedagogia da imagem e da educação cinematográfica a partir de uma perspectiva feminista. Licenciada em Ciências da Comunicação, especialização em Cinema (Universidade Nova de Lisboa, 2003) e Máster de Documental de Creació (Universitat Pompeu Fabra, 2015). É sócia e co-responsável da equipa de projetos educativos da cooperativa Drac Màgic (Barcelona), dedicada ao estudo e divulgação do cinema e da cultura audiovisual.
Raquel Schefer é investigadora, realizadora, programadora e Professora Associada na Universidade Sorbonne Nouvelle. Doutorada em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais pela Universidade Sorbonne Nouvelle, é mestre em Cinema Documental pela Universidad del Cine de Buenos Aires e licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. Publicou a obra El Autorretrato en el Documental, bem como diversos capítulos de livros e artigos. Foi Professora Assistente na Universidade Grenoble Alpes, docente nas Universidades Paris Est — Marne-la-Vallée, Rennes 2, na Universidad del Cine de Buenos Aires, na Universidad de la Comunicación, Cidade do México, e na Elías Querejeta Zine Eskola, bem como investigadora convidada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. Foi bolseira de pós-doutoramento da FCT no CEC/Universidade de Lisboa, no IHC/Universidade Nova de Lisboa e na Universidade do Western Cape. É co-editora da revista de teoria e história do cinema La Furia Umana.
Sarvnaz Alambeigi é uma artista multidisciplinar iraniana mais conhecida pela realização de documentários e pintura. Graduou-se na Escola de Artes Gráficas e estudou pintura na Universidade de Arte e Arquitetura de Teerão. Recebeu formação em cinema de 2013 a 2018 na Documentary Campus Masterschool e na Escola de Cinema da Dinamarca. Em 2013, fundou a sua própria produtora de cinema, Rabison Art. O seu trabalho mais notável é “1001 Nights Apart”, documentário lançado em 2022 na Alemanha que ganhou o prémio VFF Documentary Film Production Award no DOK.fest Munique. Foi exibido comercialmente na Alemanha em 2022, assim como nos canais de televisão Arte, SVT, TVO e Avrotros. Atualmente é membro do Film Fatales, da The European Women's Audiovisual Network e da Association of Iranian Documentary Cinema Directors.
Licenciado em Filosofia (Universidade do Porto); professor do ensino secundário (1979-88). Jornalista profissional desde 1988, com carreira em O Primeiro de Janeiro (1988-89) e PÚBLICO (desde 1989); colaborador n’O Comércio do Porto, Expresso e Grande Reportagem; co-fundador das revistas Cinema Novo e A Grande Ilusão. Autor dos livros O Porto na História do Cinema (2002), Ao Correr do Tempo – Duas Décadas com Manoel de Oliveira (2008) e Serralves – 20 Anos e Outras Histórias (2009). Autor do documentário Manoel de Oliveira, O Caso Dele (2007). Co-autor do Dicionário de Personalidades Portuenses do Século XX (2001) e de As Casas da Música no Porto – Vols. I, II e III (2009-2011).
A co-realizadora Sofie Husum Johannesen tem sido parte essencial da equipa de produção da Elk Films nos últimos 8 anos, onde trabalhou anteriormente como produtora, produtora executiva e gerente de projetos em vários documentários de sucesso, como "See me as I am" (2021), "The Lost Leonardo" (2021), "The Great Game" (2018), entre outros. Este é o seu primeiro filme como co-realizadora. Sofie tem formação em antropologia visual na Universidade de Aarhus/Universidade de Akershus.
Depois de anos a trabalhar para diversas redes internacionais, em 2014 decidi focar-me em projetos que considerava meus, passando de uma abordagem jornalística para uma narrativa mais artística. Primeiro realizei "Bare-Handed", um pequeno documentário publicado pelo The Guardian, e em 2021, "War is over" (73'), que estreou no Roma International Film Festival 2021. Considerado pela crítica como “um poema cinemático sobre a resiliência universal do espírito humano”, “War is over” foi premiado no Nastri d'Argento 2022 – Prémio Nacional da Crítica Italiana.
Tânia Dinis (Vila Nova de Famalicão, 1983) é Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas pela FBAUP (2015) e licenciada em Estudos Teatrais pela ESMAE (2006). O seu trabalho atravessa diversas perspetivas e campos artísticos – fotografia, performance, cinema – numa estética relacional, partindo de imagens de arquivo de família, pessoais ou anónimas, da sua apropriação, ou outros registos de imagem real. Tem colaborado com o serviço educativo do Curtas Metragens de Vila do Conde, Porto Post Doc, Porto, Family Film Project, Festival S8, Corunha. É professora auxiliar do departamento de Cinema e Teatro da ESAP no Porto. Está representada na coleção de arte contemporânea do Município do Porto.
Tiago Baptista é diretor do Arquivo Nacional das Imagens em Movimento, o centro de conservação da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema. É doutorado em Film and Screen Media pela Universidade de Londres (Birkbeck College) e é investigador integrado do Instituto de História Contemporânea-NOVA FCSH. Apresentará o tema Revolução, Arquivo e História - Panorama sobre os diferentes tipos de imagens sobre a Revolução de 1974 existentes no arquivo da Cinemateca Portuguesa: filmes amadores, produções profissionais, brutos não finalizados. Historial e perspetivas do cinema de apropriação (de imagens de arquivo). Reutilização crítica de imagens de arquivo, ou o cinema como historiador da Revolução.
Truls Lie é editor-chefe da Modern Times Review desde 2015. Tem experiência como editor de jornais e revistas há mais de 25 anos. Formação em filosofia e tecnologia da informação em Oslo, São Francisco e Nova York. Lie é igualmente editor da NY TID, uma revista trimestral norueguesa com cerca de 100 páginas. Cineasta de documentários, nasceu na Noruega mas reside atualmente na Sicília.