mdoc residencia de cinema

Masterclass

Com a realizadora Sandra Ruesga

1ago

Casa da Cultura

10h00

Explorando o Eu:
Cinema Auto-referencial e Identidade na Obra de Sandra Ruesga

Nesta masterclass, exploraremos o cinema autorreferencial como ferramenta de introspeção e exploração de identidades pessoais e coletivas, utilizando o trabalho da cineasta Sandra Ruesga como eixo central. A sua filmografia distingue-se por uma abordagem honesta e reflexiva, na qual as experiências pessoais se entrelaçam com preocupações sociais, culturais e políticas mais amplas.

“Explorar o Eu: Cinema Auto-referencial e Identidade na Obra de Sandra Ruesga” é uma oportunidade única para mergulhar no universo criativo de uma cineasta cuja obra esbate os limites entre o pessoal e o coletivo, o privado e o público. Esta masterclass não só enriquecerá a compreensão dos participantes sobre o cinema autorreferencial, como também os convidará a refletir sobre a sua própria identidade e lugar na sociedade.


Introdução ao Cinema
Auto-referencial

Começaremos por definir o conceito de cinema autorreferencial, um estilo que combina narrativas autobiográficas com elementos de ficção para refletir sobre o próprio ato de criar e de ser. Esta abordagem não só permite ao cineasta tornar-se o sujeito da sua obra, como também convida o espectador a participar numa experiência partilhada de introspeção. Neste contexto, será destacado como o cinema autorreferencial ganhou relevância na contemporaneidade, sobretudo no campo documental.


Identidade pessoal
e coletiva na obra de Ruesga

De seguida, analisaremos o percurso de Sandra Ruesga, cineasta que fez do cinema autorreferencial a sua linguagem distintiva. Através de uma seleção das suas obras mais emblemáticas, exploraremos a forma como a sua obra aborda temas como a memória, as relações familiares, o sentido de pertença e as tensões entre o individual e o coletivo. Os títulos em destaque incluirão aqueles em que Ruesga combina elementos documentais com estratégias narrativas experimentais, criando uma estética única.

O corpo principal da masterclass será dedicado a analisar a forma como o cineasta aborda a identidade nas suas diversas facetas. Desde o registo da sua própria história pessoal até à análise de problemas sociais que afetam comunidades inteiras, os filmes de Ruesga funcionam como um espelho que reflecte tanto as singularidades do indivíduo como as complexidades do tecido social. Serão abordados os seguintes assuntos:


Técnicas e Estética
do Cinema de Ruesga

Nesta secção, vamos aprofundar os recursos formais que caracterizam o estilo de Sandra Ruesga. Desde a utilização de materiais de arquivo até à incorporação de entrevistas e reflexões em voz off, os seus filmes combinam o visual e o discursivo de formas inovadoras. Além disso, será analisada a sua gestão da temporalidade e do espaço como veículos de representação da subjetividade e da memória.


Impacto
e Legado

A masterclass terminará com uma reflexão sobre o impacto da obra de Sandra Ruesga no panorama cinematográfico contemporâneo. Serão discutidas as contribuições da sua abordagem autorreferencial ao documentário e ao cinema experimental, bem como a sua capacidade de inspirar novas formas de pensar a identidade num mundo globalizado e fragmentado.

sandra ruesga

Sandra Ruesga

Realizadora

Cineasta, produtora e programadora de cinema, Sandra Ruesga está ligada ao mundo do documentário há mais de 20 anos. Estudou Ciência Política em Toulouse, Jornalismo em Madrid e formou-se em cinema. Em 2004, correalizou e coproduziu a longa-metragem documental “200 KM”, que estreou no Festival de Cinema de San Sebastián, e desde então tem desenvolvido a sua atividade como produtora cinematográfica e audiovisual. Realizou, entre outros, as curtas-metragens “Making Memory”, “Through Their Eyes” e “The Initiation”. No final de 2022 lançará os seus dois últimos trabalhos, a longa-metragem documental “Archipiélago” que correaliza e coproduz, e a curta-metragem “Lo que no fue”, que participou em inúmeros festivais nacionais e internacionais e venceu o prémio do público no festival Alcances. Paralelamente ao seu trabalho como cineasta e produtora, foi programadora do festival Documenta Madrid durante 9 edições e durante vários anos foi programadora do Festival de Cinema Another Way e do DOCMA CYCLE. Trabalhou na produção de festivais internacionais de cinema, incluindo 11 edições da Documenta Madrid, da qual foi coordenadora de programação e produção de 2017 a 2020. Em 2013, foi cofundadora do CINES ZOCO MAJADAHONDA, para o qual colabora como programadora. É presidente da Associação DOCMA desde dezembro de 2022.