Olhar
o Mundo
com o MDOC

Ao longo das suas edições, o MDOC tem sido uma plataforma de diálogo e de reflexão, convidando o público a envolver-se com as histórias do quotidiano e a questionar as diversas experiências humanas que moldam o nosso mundo. Com a programação proposta, o objetivo tem sido trazer a Melgaço o que de melhor se produz no cinema de não ficção e provocar o pensamento numa jornada contínua para um futuro mais justo e solidário.

Nesse caminho, a seleção de filmes e atividades da 11.ª edição oferecem uma diversidade de olhares sobre como a identidade é moldada por experiências pessoais e coletivas, como a memória atua como força de preservação e resistência, e como as fronteiras - sejam elas geográficas, culturais, sociais ou pessoais - definem e, ao mesmo tempo, desafiam a existência humana.

Em 2025, o Júri Oficial do Prémio Jean-Loup Passek é formado por Jurek Sehrt, curador e responsável pela Educação na Cinemateca Alemã, Noé Mendelle, realizadora e professora emérita de Documentário Cinematográfico na Universidade de Edimburgo, Paulo Portugal, investigador e jornalista, Renata Ferraz, cineasta, atriz e investigadora académica e Sandra Ruesga, realizadora, produtora e programadora de cinema.

Pela primeira vez, a FIPRESCI, Federação Internacional de Críticos de Cinema, associa-se ao MDOC e atribui o FIPRESCI Prize. O Júri será formado por Barbara Lorey (França), Teresa Vena (Alemanha) e Marina Kostova (Macedónia do Norte).

O Prémio D. Quixote, atribuído pela FICC, Federação Internacional de Cineclubes, terá como jurados Jens Schneiderheinze (Alemanha) Joan Marc Tomàs (Espanha) e Manuel Mozos (Portugal).

Fora de Campo, o Curso de Verão com coordenação de José da Silva Ribeiro e Alfonso Palazón tem como tema Cinema e Território e propõe-se abordar o território em múltiplas perspetivas: território físico, território vivido e território representado.

As residências cinematográfica e fotográfica Plano Frontal, orientadas por Pedro Sena Nunes, estreiam quatro documentários e três projetos fotográficos, e, através de novos projetos vão continuar a ligar o MDOC ao território.

O projeto Quem somos os que aqui estamos? organizado por Álvaro Domingues e Daniel Maciel com a orientação e acompanhamento científico de Albertino Gonçalves, incidirá na freguesia de Alvaredo e prosseguirá com recolhas etnográficas e registos documentais audiovisuais.

Destaque para a estreia nacional do documentário “O Homem do Cinema”, realizado por José Vieira e produzido pela Fora de Campo Filmes em associação com a AO NORTE e com apoio do Município de Melgaço, que homenageia a vida e o legado de Jean-Loup Passek.

Destaque ainda para o VIVODOC, um coletivo de festivais de cinema formado pelo MDOC (Portugal), Majordocs (Maiorca, Espanha), Escales Documentaires (La Rochelle, França), Frontdoc (Aosta, Itália) e o One World Romania (Bucareste, Roménia), com o intuito de discutir projetos e futuras colaborações.

O X-RAYDOC, coordenado por Jorge Campos, propõe um debate sobre os filmes Lettre de Sibérie (França, 1957, 67'), de Chris Marker, e …À Valparaíso (Chile/França, 1963, 27'), de Joris Ivens.

A realizadora Margarida Cardoso vai orientar a Oficina de Cinema “Perdidos e Achados”, onde partilhará o seu processo criativo de realização, e Sandra Ruesga, orienta a masterclass “Explorando o Eu: Cinema Auto-referencial e Identidade”.

O Museu de Cinema de Melgaço Jean-Loup Passek inaugura a exposição “Lágrimas de Ferro”, com cartazes e fotografias de filmes de guerra dos Países de Leste (1039/45), celebrando o cinema como forma de resistência e de reflexão histórica.

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A Direção da AO NORTE