Luís Miguel Portela | Portugal, 2018
Na freguesia da Gave a impermanência sempre foi uma constante. Muito antes da emigração já a transumância empurrava para longe a sua gente, que subia cada verão a montanha até às suas brandas para lá morar, cultivar, pastorear o gado. Entretanto tudo mudou. A estrada fez o caminho mais fácil e a transumância desnecessária. Os últimos brandeiros ainda sobem o rebanho, mas são tão só uma memória, a da vida dura que hoje se celebra em festa a cada ano na Branda da Aveleira. É essa memória que este projeto visa retratar. (Reedição da exposição original, apresentada no festival "Filmes do Homem" de 2018, como resultado da participação do autor na residência de fotografia "Plano Frontal" de 2017)