A amplitude e a diversidade fisiográfica que caracterizam a fronteira de Melgaço ofereceram múltiplas possibilidades de passagem na época do contrabando e da emigração a salto. E é neste lugar mítico que nascem as raízes de uma artista multifacetada. Madalena Lima contagia-nos pela sua inteligente, expressiva e irónica forma de ser. A sua obra celebra tradições e oportunidades, assim como desvela contradições e fragilidades, experiencia novas técnicas sem negligenciar o conceito. Ao contar a sua história entramos em simbiose com os marcos que imprimem uma identidade única a esta terra minhota
Os dias quentes de verão da Daniela são ocupados em brincadeiras com a amiga, que sugerem aquelas de um tempo não tão distante de quando eram crianças. A partir do diário poético da avó Gininha são lembrados momentos da vida da neta Daniela, enquanto ambas tentam ultrapassar a distância temporal que as separa. O retrato de uma ruralidade em mudança, que é povoado de memórias envolvidas pelos modos de vida contemporâneos.
Linha fluida é uma recolecção de uma de muitas histórias testemunhadas no Rio Minho no seguimento do difícil período da ditadura em Portugal.
No coração da comunidade de Melgaço, enraizada ao passado pelas suas tradições, passadas de geração em geração, surge uma adversidade contemporânea. Na resistência contra as mudanças climáticas vive-se a ambição de uma vinha, plantada a uma altura nunca antes alcançada, num lugar inóspito, mas com sabor a esperança.