Catarina Alves Costa | Portugal, 2022, 72'
Esta história explora os filmes de arquivo de meados do século XX da etnomusicóloga alemã Margot Dias, que documentou a vida no extremo norte de Moçambique, então uma colónia portuguesa. Os filmes são um registo visual e sonoro inédito da cultura Makonde. A realizadora Catarina Alves Costa traz de volta à comunidade estes filmes a cores e fotografias a preto e branco. Músicos contemporâneos, artistas e uma nova geração refletem sobre essas imagens e esse período da história colonial. Paralelamente, aprendemos sobre a vida e o trabalho de Dias pelas suas próprias palavras.
É realizadora e antropóloga. Realizou, entre outros filmes, Margot (2022), Pedra e Cal (2016), Falamos de António Campos (2010), Nacional 206 (2009), O Arquiteto e a Cidade Velha (2004), Senhora Aparecida (1994) e recentemente compartilhou a realização de Um Ramadão em Lisboa (2019). Recebeu entre outros, o Prémio Melhor Documentário do Festival de Filme Etnográfico de Recife (2019), Prémio da Crítica nos Caminhos do Cinema Português (2009), Prémio Planéte no Bilan du Film Ethnographique (1999), o Prémio de Excelência da Society for Visual Anthropology American Anthropological Association Film Festival, EUA e o 1ºPrémio do festival VII Rassegna Internazionale di Documentari Etnografici (1996). Escreveu recentemente o livro Cinema e Povo, 2022, Edições 70.
