Dão-lhes o nome de "passadores". Passadores de imagens e de emoções, de saberes e de convicções. Muitos já não são deste mundo mas continuamos a falar deles no presente. Chamam-se Henri Langlois, Gregorio Martinelli, Freddy Buache, João Benard da Costa, Chema Prado ou ainda Jean-Loup Passek.

O Jean-Loup Passek do Museu de cinema de Melgaço, do Festival international de cinéma de La Rochelle, da Caméra d’or du Festival de Cannes, do Dictionnaire mondial du cinéma e do Département cinéma du Centre Georges Pompidou, em Paris, que criou e dirigiu de 1978 até 2003. Lugar onde concebeu e realizou perto de quarenta manifestações temáticas consagradas às cinematografias do mundo inteiro, das mais famosas às mais desconhecidas ou esquecidas, homenageando realizadores e realizadoras, actores e actrizes, com ciclos de cinema, exposições de fotografia e edição de livros-catálogo.

Testemunhos de uma obra a descobrir, através de uma selecçâo de cartazes, de fotografias e de livros que Jean-Loup Passek quis deixar a Melgaço.

Bernard Despomadères