Exposições

31jul
a30jun
2024

Museu de Cinema

Cinema Alemão
– Um grito (1920 – 1970)


No seu início, o cinema mudo Alemão inovou e revolucionou o mundo da sétima arte, estabeleceu as bases para grandes géneros do cinema moderno: o filme de terror, o filme noir e o filme de ficção científica. Os filmes expressionistas alemães sintetizaram o contexto sociopolítico no qual foram criados, trabalhavam problemas intrinsecamente modernos de autoaceitação e identidade. Os cenários repletos de perspetivas distorcidas, quase oníricas, são criados como manifestações da psicologia das personagens. As dicotomias da iluminação manifestam uma carga simbólica que enfatiza a luta entre o bem e o mal, é particularmente marcante pela sua estética propositadamente artificial, histórias inquietantes, maquilhagens e figurinos exagerados, retratam a natureza como refém e reflexo das angústias e terrores do Homem. O expressionismo Alemão surgiu depois da Primeira Guerra Mundial. Os filmes “O Gabinete do Dr. Caligari de Robert Wiene e Metrópolis de Fritz lang são duas grandes referências desse movimento. A produção alemã conjugou os saberes e a experiência de algumas das mais brilhantes mentes de áreas como a arquitetura, pintura, literatura e teatro para edificar um novo movimento cultural de vanguarda. Um movimento artístico cuja origem coincide com o progresso científico e com os desenvolvimentos nas áreas da psicanálise (Freud), física (Einstein) e filosofia (Bergson).

A ascensão do poder nazi, alterou o curso do cinema Alemão, artistas, atrizes, atores, realizadores(as) fugiram do país. O exílio espalhou o saber fazer alemão e o movimento expressionista continuou a influenciar o mundo. Os estúdios da Universum Film AG (UFA) entraram em colapso financeiro. O último filme da UFA, em 1930, O Anjo Azul (Der Blaue Engel) de Josef von Sternberg, considerado uma obra de arte, lançou Marléne Dietrich.

Depois da Segunda Guerra Mundial o país ainda se reerguia das cinzas. Duas empresas foram fundamentais para a construção de um mercado cinematográfico que abriu as portas aos filmes internacionais: a Neue Filmkunst Walter Kirchner, fundada em 1953, e a Atlas Film, fundada em 1960. Ambas formaram uma nova audiência para cineastas do cenário nacional e internacional. Investiram em novas estratégias de sedução do público. Foi então que entrou em ação um grupo de designers do mais alto nível artístico. Os cartazes expostos desses artistas, vão de 1954 a 1970, são da autoria de Hans Hillmann (considerado o fundador dessa rica fase dos gráficos alemães), M. Macks, Ferry Ahrlé, GunterRambow e Gerhard Lienemeyer, Tostmaun Werbetechnik, Karl Oskar Blase, Heinz Edelman, Hans Michel e Gunther Kieser, Walter Tafelmaier, Isolde Baumgarte e Jan Lenica, foram a elite do grafismo dos anos 70.

INAUGURAÇÃO – 31 de julho

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