Fora
de Campo


Curso de Verão


Orientadores


andrea guzmán

Andrea
Guzmán


EL MAR FILMES e DOCMA

Gestora cultural e programadora de cinema. De origem chilena, nasceu em Madrid e cresceu em Cuba. Estudou Engenharia Informática em Havana, Direção de Fotografia na EICTV de San António de los Baños e, posteriormente, concluiu o Mestrado em Distribuição Audiovisual e Crítica Cinematográfica na ECAM, Madrid. Profissional do audiovisual desde 1994. Em 2006 fundou a DOCMA, Associação de Cinema Documentário em Espanha, onde dirige e coordena múltiplos seminários e exibições com figuras de renome internacional. Em 2012, juntamente com a equipe DOCMA, criou o festival 3XDOC/Encontro de Criadores, que continua até hoje dirigindo. Foi codiretora artística do Festival Internacional de Cinema Documenta Madrid entre 2017 e 2019, onde criou o Corte Final Professional Film Forum. Atualmente faz parte da equipa de programação do MajorDocs, Creation Documentary Film Festival, Mallorca e do comité de seleção da EFA, European Film Academy. Atua como consultora de fundos de cinema e curadora de festivais, além de fazer parte de comités de avaliação e seleção de projetos. Participa regularmente como júri em festivais de cinema. Criou EL MAR FILMES, a sua própria casa de gestão cultural, organização de eventos e consultoria. Ministra aulas de promoção, distribuição e estratégia de festivais em escolas e programas de cinema, como CIMA, Impulsa e Documentary Masters.

Alfonso Palazón Meseguer

Coordenador


Alfonso
Palazón Meseguer


Universidad Rey Juan Carlos

Doutor e Graduado em Ciências da Informação pela Universidade Complutense. Professor Titular de Comunicação Audiovisual da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade Rey Juan Carlos (URJC). Prémio Internacional Aurélio Paz dos Reis 2016, atribuído pela Escola Superior Artística do Porto (ESAP), Portugal. É autor de publicações na área do cinema, documentário, novas tecnologias e literacia audiovisual. O seu trabalho gira em torno da linguagem audiovisual e suas formas narrativas a partir de narrativas de ficção, documentários e transmedia. Nessa perspetiva realizou diversos projetos audiovisuais como roteirista e diretor, entre os quais se destacam: Senegal. Notas de uma viagem, 2007; Sunuy Aduna (Nossas Vidas), 2009; 20 anos dando vida aos dias, 2012. A longa-metragem documental Ouvindo o Vento (2013) como produtor, roteirista e diretor foi selecionado para competição no Festival Internacional de Valladolid 2013; Ganhou o Prémio do Público de melhor filme no Festival CINELOW 2014. Em 2013 embarcou como coprodutor no projeto de documentário transmedia La Primavera Rosa (indicado ao Prémio Goya 2018 com La Primavera Rosa no México). Também atuou como coprodutor nas longas-metragens El pueblo inventado. Ecos de Cabo Verde (Juan Meseguer, 2014) e Ad Ventum (Bárbara Mateos, 2015). E nas curtas-metragens documentais: The Superman Suit (Juan Manuel Díaz Lima, 2017), The Children of Errol Flynn (Juan Vicente Castillejo, 2019), The Girl's Wedding (Juan Vicente Castillejo, 2020), The 30s (not) são os novos 20 (Juan Vicente Castillejo, 2023). Diretor, produtor e roteirista das curtas-metragens Juan Brito: Tamia (2019), Espejismos (2022), Ausencias (2023). A sua última longa-metragem documental, José Luis Espinosa, o espião (2022), ganhou o prémio de melhor documentário no Festival Internacional de Cinema de Avanca, Portugal.

cecilia margarita bartolomé pina

Cecilia Bartolomé Pina


Cineasta

Considerada uma das cineastas mais transgressoras de seu tempo. Cresceu na ex-colónia espanhola de Fernando Pó, atual Guiné Equatorial, onde começou a atuar e dirigir peças de teatro escolar. Depois de abandonar os estudos de Engenharia e posteriormente de Ciências Económicas, conseguiu inscrever-se na Escola Oficial de Cinema de Madrid, um dos centros mais destacados da época onde foi criado o Novo Cinema Espanhol. Bartolomé se formou em 1969 com Margarita e o Lobo, um ensaio escolar que se tornou um média-metragem quase revolucionário na época. Antes deste projeto, a realizadora já tinha realizado as suas primeiras curtas-metragens dentro da instituição, destacando-se entre outras Carmen de Carabanchel (1965) ou Plan Jack Cero Tres (1967), com guião co-escrito com Gonzalo Suárez. Anos depois, em 1978, realizou a sua primeira longa-metragem ¡Vamos, Bárbara!, versão do filme Alicia No Longer Lives Here (Martin Scorsese, 1974). Esta obra foi considerada pela crítica o primeiro filme feminista da história do cinema espanhol, onde Bartolomé colocou o foco na libertação das mulheres espanholas. O conteúdo crítico da sua obra, onde expôs publicamente as dificuldades das mulheres na sociedade da época, provocou a censura da sua obra por parte do regime de Franco. Em 1981 codirigiu com seu irmão After…, um documentário político dividido em duas partes (Você não pode ficar sozinho e Atado e Bien atado, respetivamente), censurado, segundo Bartolomé, por motivos políticos. No final dos anos 90 dirigiu Longe de África (1996), obra novamente escrita em colaboração com o irmão, onde a realizadora de Alicante narra de forma autobiográfica a sua infância na ex-colónia espanhola. Em 2005, criou um capítulo documental para a série de televisão Cuéntame como aconteceu, chamado Especial Carrero Blanco: o começo do fim, que afirma ser um dos projetos mais interessantes de sua carreira. Bartolomé recebeu o prémio Mulheres do Cinema em 2012, atribuído pelo Festival Internacional de Cinema de Gijón. Dois anos depois, recebeu a Medalla de Oro al mérito nas Belas Artes de Espanha. Finalmente, em 2018, recebeu o prémio especial da Academia Audiovisual Valenciana.

José da Silva Ribeiro

Coordenador do Fora de Campo


José da Silva Ribeiro


AO NORTE – GECND e ID+ - CINEMAS

Licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto (1976), graduação em Cine Vídeo pela Escola Superior Artística do Porto (1989), mestre em Comunicação Educacional Multimedia pela Universidade Aberta de Portugal (1993) e doutorado em Ciências Sociais - Antropologia pela Universidade Aberta de Portugal (1998). Foi professor da Universidade Aberta de Portugal. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Visual, atuando principalmente nos seguintes temas: antropologia visual, antropologia digital, cinema, métodos de investigação em antropologia, interculturalidade e cultura afro-atlântica. Tem realizado trabalho de campo em Portugal, Cabo Verde, Brasil, Argentina e Cuba. Coordenou a Rede Internacional de Cooperação Científica Imagens da Cultura / Cultura das Imagens. Professor visitante da Universidade Mackenzie (Educação, Arte e História da Cultura), da UECE, da UCDJB, da Universidade de Múrcia - Espanha (ERASMUS) e da Universidade de Savoie - França, Universidade de S. Paulo. Entre 2016 e 2019 foi professor visitante da Universidade Federal de Goiás - Faculdade de Artes Visuais e Faculdade de Ciências Sociais. Coordena o Grupo Estudos de Cinema e Narrativas Digitais na AO NORTE - Associação de Produção e Animação Audiovisual e colabora com outros projetos desta Associação. Colabora com diversas Revistas Científicas, Festivais de Cinema, Grupos e Redes de Pesquisa/investigação.

josé luis bartolomé

José Luis Bartolomé


BLACKTONE STUDIO

José Luis Alcaine Bartolomé começa as suas aventuras no mundo do som. O seu principal objetivo foi sempre demonstrar a importância da narrativa sonora dentro do audiovisual, proporcionando e exigindo para cada um dos seus projetos uma personalidade condizente com a linguagem cinematográfica utilizada. Trata-se não só de explorar o lado técnico do som, mas também a sua capacidade como linguagem que transmite sensações, ideias e emoções para além do subconsciente. Sempre quis investigar e saber tudo o que uma história quer transmitir, seja um roteiro de filme, uma música, uma peça de teatro, para poder identificar e se envolver plenamente com ela ao projetar e criar sua própria linguagem auditiva e permitir criatividade sólida para contribuir com seu enorme potencial para o desenvolvimento do trabalho. Designer de som e editor de longas-metragens de ficção e documentários, produtor de som teatral e musical. Fundou, juntamente com profissionais com anos de experiência no setor, a marca de som Blacktone Studio, um dos estúdios de som mais importantes de Madrid. Atualmente trabalha na digitalização do arquivo sonoro e na criação da biblioteca sonora dos filmes de Cecilia Bartolomé.

petra costa

Petra
Costa


Cineasta (presença a confirmar)

Petra Costa estreou-se no cinema produzindo e dirigindo a curta-metragem Olhos de Ressaca (2009), um retrato poético sobre o amor e o envelhecer contado sob a perspetiva de seus avós. A curta foi exibida no MoMA e premiado em dez festivais nacionais e internacionais. Em seguida fez a sua primeira longa-metragem, Elena (2012), um documentário poético sobre a viagem de sua irmã mais velha, Elena, a Nova York com o sonho de ser atriz de cinema, a dura realidade que encontra e a sua ida 20 anos mais tarde em busca das memórias da irmã. O filme estreou no IDFA (Festival Internacional de Documentários de Amsterdão), foi exibido no Festival de Brasília, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, na Semana dos Realizadores (Rio de Janeiro), entre outros. Recebeu dezenas de prémios, entre eles Melhor Documentário no Festival de Havana, além de ter sido o documentário mais visto no Brasil em 2013. A segunda longa-metragem de Petra Costa foi feito após um convite do Laboratório do Festival Internacional de Documentário de Copenhague (CPH:DOX) para uma codireção com a dinamarquesa Lea Glob. O seu projeto seguinte teve início na cobertura das manifestações a favor e contra o impeachment da presidente Dilma Roussef, em 2016, e resultou no longa-metragem Democracia em Vertigem. O documentário, narrado em primeira pessoa, combina a aspetos da vida pessoal e familiar da autora, que frequentemente se cruzam com o mundo político. Democracia em Vertigem estreou na noite de abertura do Sundance Film Festival 2019 e foi selecionado para diversos festivais internacionais como o CPH:DOX, True False, IndieLisboa, Sheffield e Rooftop Films. A revista especializada Variety incluiu Petra Costa na lista dos 10 documentaristas a "seguir com atenção", em 2019. Em 13 de janeiro de 2020, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgou a lista dos indicados ao Óscar 2020. O documentário Democracia em Vertigem representou o Brasil na cerimónia, que aconteceu em 9 de fevereiro de 2020, quando o Óscar da categoria foi concedido ao filme American Factory. Petra completou seus estudos de graduação em Antropologia e Teatro no Barnard College, Columbia University, Nova York. Fez o mestrado em Saúde, Comunidade e Desenvolvimento na London School of Economics, Londres.

tiago batista

Tiago
Batista


Diretor do ANIM

Tiago Baptista é diretor do Arquivo Nacional das Imagens em Movimento, o centro de conservação da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema. É doutorado em Film and Screen Media pela Universidade de Londres (Birkbeck College) e é investigador integrado do Instituto de História Contemporânea-NOVA FCSH. Apresentará o tema Revolução, Arquivo e História - Panorama sobre os diferentes tipos de imagens sobre a Revolução de 1974 existentes no arquivo da Cinemateca Portuguesa: filmes amadores, produções profissionais, brutos não finalizados. Historial e perspetivas do cinema de apropriação (de imagens de arquivo). Reutilização crítica de imagens de arquivo, ou o cinema como historiador da Revolução.


Outros
Intervenientes


elsa lechner

Elsa
Lechner


CES – Universidade de Coimbra

Doutorada em Antropologia Social pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (2003) é Investigadora associada do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Foi Fulbright Visiting Scholar nas Universidades de Rutgers e Brown, EUA (2014/15) com um projeto de pesquisa biográfica entre portugueses de New Jersey. Co-coordenadora do Núcleo das Humanidades, Migrações, e Estudos para a Paz do CES e membro do CC do CES (2010- 2014), Investigadora Auxiliar no CES (2009-2014), Investigadora Principal no CES (2014-2019). Foi bolseira de pós-doutoramento da FCT no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e no ISCTE (2003-2009). A sua pesquisa incide sobre processos identitários em contextos migratórios, relações interculturais, pesquisa biográfica, sofrimento e resiliência dos migrantes, emigração portuguesa e imigração em Portugal, e práticas de inclusão/participação. Coordenadora de um projeto Gulbenkian sobre histórias, memórias e inovação na emigração portuguesa, em articulação com o Museu da Pessoa (São Paulo), Departamento de Estudos Portugueses da Universidade de Paris X-Nanterre, Universidade de Berkeley, e Universidade de Rutgers-Newark. Autora de vários artigos nacionais e estrangeiros sobre pesquisa biográfica no estudo das migrações. Atualmente desenvolve atividades de articulação entre a investigação biográfica, saúde, arte, e cultura.

frederico dinis

Frederico
Dinis


ESE-IPVC, FLUP, CEIS20, SELMA

Docente e artista-investigador na interface da performance e das artes visuais que procura representar um espaço-tempo figurativo, combinando narrativas sonoras e visuais com lugares inusitados. É doutorado em Estudos Artísticos, especialidade de Estudos Teatrais e Performativos pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e pós-doutorado em Estudos Religiosos pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. Atualmente desenvolve investigação de pós-doutoramento em Sociologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É investigador do CEIS20 - Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra e Affiliated Scholar do SELMA - Centre for the Study of Storytelling, Experientiality and Memory da Universidade de Turku, Finlândia. É também membro de outras organizações académicas nacionais e internacionais. Enquanto artista-investigador, os seus projectos centram-se em lugares específicos, analisando o papel da memória na configuração das identidades individuais e colectivas, procurando refletir sobre a importância do contexto do local e do sentido de lugar e a relação entre performatividade e representação da memória. Desenvolveu mais de 40 projectos site-specific e apresentou os resultados dos mesmos em várias conferências e eventos. É autor de vários artigos académicos sobre estudos de teatro e performance, metodologias de investigação baseadas nas artes, estudos de memória, sociologia da arte, estudos de arte e cultura, estudos religiosos e arte e tecnologia. Tem apresentado o seu trabalho em museus, salas de concerto, espaços públicos e eventos em Portugal, Áustria, Espanha, Finlândia, Brasil, México e Coreia do Sul.

lisabete coradini

Lisabete
Coradini


NAVIS / UFRN

Licenciada em Administração de empresas (1988), Mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992) e Doutorado em Antropologia pela Universidad Nacional Autónoma de México (2000). Pós doutorado em Antropologia pela UFSC (2008) e Pós doutorado em Antropologia pela Universidad Autonoma de Barcelona. Atualmente é Professora Titular do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Coordenadora do NAVIS Núcleo de Antropologia Visual, Diretório de Pesquisa/CNPq-UFRN. Realizou os seguintes filmes: No mato das mangabeiras, Seu Pernambuco, cinema moçambicano em movimento, Sila, Mulher Cangaceira, Mestre Zorro, entre outros. Membro da Comissão de Elaboração e de Avaliação do Roteiro de Classificação da Produção Audiovisual/CAPES. Membro da Comissão da Imagem e Som da ANPOCS nas gestões 2001-2002 e do GT Antropologia Visual da ABA (2009-2010) e (2011-2012). Participou do Programa mais Cultura ( 2015-2019) e da elaboraçao Plano de cultura da UFRN ( 2015-2019). Presidente do CAV Comitê de Antropologia Visual da ABA 2019/2020). Participa da REDE AMLAT (Rede Temática de Cooperação Científica Comunicação, Cidadania, Educação e Integração na América Latina - PROSUL. MCT/CNPq N 11/2008). Publicou : Praça XV espaço e sociabilidade; Antropologia e Imagem; As cidades e suas Imagens. Organizou Dossiê sobre Cinema (Revista BAGOAS).Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana e Audiovisual, atuando principalmente nos seguintes temas: cidades, espaços, memórias, narrativas, cinema, cinema africano e o uso da imagem.